quinta-feira, 3 de outubro de 2013

30-day Book Challenge - Dia 3

   Oi bonitinhos!

   Hoje o critério é o mais fácil de todos:

Sua série favorita

Harry Potter, óbvio... que pergunta!!!

   Eu nasci em 1991, então eu peguei o começo dessa onda de séries que entrou no mercado juvenil, e peguei justamente a mais forte delas, o fenômeno Harry Potter. Acho que a minha experiência de formação de leitora, ao mesmo tempo que bastante comum para o pessoal da minha época, é um tanto quanto ímpar no sentido de ser um momento bem único da história da literatura juvenil. Explico: eu comecei a ler (livros que não fossem dos Pingos) relativamente na mesma época em que lançaram o Harry Potter no Brasil, e acompanhei os lançamentos do Prisioneiro de Azkaban em diante. Eu tinha de mais ou menos dez anos (perto da idade do Harry na Pedra Filosofal) e tive a oportunidade de rezar para que uma coruja trouxesse a minha carta de Hogwarts no meu aniversário de 11 anos. 
   A verdade é que eu (como várias pessoas da minha idade) amadureci junto com a série, e eu gostava tanto de ler os livros (vejam o número de vezes que eu li cada um no post de ontem), que era como se as personagens fossem mesmo meus amigos. Além disso, todo mundo na escola lia Harry Potter e escrevia fanfics - sim, eu também - e eu tive muitas oportunidades de fazer amigos a partir desse vício em comum. 


   Ser da geração Harry Potter significou definir todos os meus amigos pelas casas (Grifinória para os corajosos, Lufa-lufa para os queridinhos, Corvinal para os inteligentes, Sonserina para os espertinhos); saber todos os nomes de feitiços e para que eles serviam (e fazer piadas com isso); ter um lugar para viajar mentalmente em todas as aulas chatas do ensino fundamental e médio; e, enfim, conhecer um texto tão a fundo que eu poderia descrever todas as personagens e os enredos de todos os livros sem precisar fazer esforço nenhum (até hoje). Depois de um tempo, eu parei de ser tão viciada e comecei a ler outros livros e a gostar de outras coisas também, e essa série ficou como algo da minha adolescência, mas toda vez que eu converso sobre esse assunto com alguém a minha obsessão volta um pouquinho.

Minha reação toda vez que um adolescente acha que sabe mais de Harry Potter do que eu, mas na verdade só viu os filmes.
  De modo geral, eu acho que a série é ideal para pré-adolescentes e adolescentes que precisam aprender a lidar com o mundo, porque funcionou muito para mim, para me ajudar a organizar o meu mapa de mundo mais inicial. Não acho que sejam os melhores livros de todos os tempos, nem que sejam obras literárias impressionantes, mas os livros são muito bem pensados e bem escritos, e ecoam muito nas experiências que podemos ter nessa idade meio complicada pela qual as personagens principais passam. Também tenho uma admiração enorme pela criatividade da J. K. Rowling, porque criar um mundo todo de forma tão coerente e detalhada é um trabalho monumental, que merece muito ser reconhecido.

 Por isso que essa é, e sempre será, a minha série favorita.

Edição que eu li:
















Título: Harry Potter
Autor: J. K. Rowling
Editora: Rocco


Qual a série preferida de vocês?

beijinhos, até amanhã

Um comentário:

  1. Confesso que adoro ler/ouvir a relação que as pessoas têm, em especial da nossa idade, com essa série maravilhosa. Também nasci em 1991 e também fui crescendo com o Harry, esperando a minha carta de Hogwarts.
    Minha história foi de relacionamento com a biblioteca, pois eu não tinha os livros e nem condição de comprar. Assim que eu sabia que os livros já estavam sendo vendidos em português no Brasil, lá ia eu incomodar a bibliotecária, querendo saber quando eles iam comprar o Harry Potter da vez.
    Não reli muitas vezes, mas reli "A pedra filosofal" nas férias de julho e, apesar de já ter lido algumas vezes e ter visto o filme muuuitas vezes - inclusive bem perto da minha mais recente releitura -, o efeito de "não consigo largar esse livro" ainda se manteve depois de tantos anos.
    Não acho que Harry Potter vá entrar pro cânone tão cedo, mas a marca que ele deixou e que vai deixar pras futuras gerações (nossos filhos) vai ser a garantia de que vai perdurar um bom tempo como um dos mais lidos e vendidos.

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